Tarpons & Robalos |
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Pescarias de tarpons
e robalos no Maranhão
Camurupim (Nordeste Brasileiro) Tarpon (USA) Nome Científico megalóps atlanticus Família Megalopidae Distribuição Geográfica: Regiões Norte e Nordeste, onde são mais abundantes. Peixe de escamas grandes; corpo alongado e comprimido; boca grande e um pouco inclinada. A mandíbula inferior
sobressai para fora e para cima, os dentes são pequenos e finos e a borda do opérculo é uma placa óssea. A coloração é prateada,
sendo o dorso cinza azulado, variando de claro a quase preto; os flancos e o ventre são claros. Nas águas escuras, pode ficar
dourado ou marrom. Alcança mais de 2m de comprimento total e Peixe pelágico. Vive nas águas quentes, tropicais e subtropicais do oceano Atlântico. É uma espécie costeira
que também pode ser encontrada em alto mar, principalmente nos períodos de reprodução, quando migra em grandes cardumes. Os tarpons ainda jovens (baby tarpons) ocorrem em praias, estuários, baías, rios de mangues, lagoas e até mesmo ser conhecida suas incursões em rios
de água doce. Tem a capacidade de tolerar ambientes pobres em O2. A única restrição ambiental em seu habitat é temperatura.
Súbitas mudanças climáticas podem levá-los à morte em grande número. Chegam aos estuários em seu segundo estágio da metamorfose
acompanhando as marés altas. Alimenta-se de uma variedade de presas entre elas a sardinhas, anchovas, tainhas. Sua carne não é muito comercial e não é considerado nobre pelo consumidor devido a grande quantidade de espinhas
o que, de alguma forma, o livra da pesca profissional. Todavia, é um dos peixes mais cobiçados pelos pescadores esportivos
em todo o mundo, devido a sua extrema valentia e capacidade de luta quando fisgado. Invariavelmente consegue escapar do anzol,
após sucessivos e espetaculares saltos fora da água, dando-lhe notável poder de desafio aos seus admiradores. Se não é rentável comercialmente é extremamente lucrativo para o seguimento da pesca esportiva conservacionista
(pesque e solte), principalmente na costa oeste americana e América Central, onde centenas de agências de turismo faturam
milhões de dólares anualmente levando pescadores do mundo todo aos pontos mais cobiçados da pesca do tarpon. O estado americano
da Flórida fatura segundo estimativas da IGFA (Associação Internacional de Pesca Esportiva), em
torno de 30 milhões de dólares ao ano com o turismo da pesca ao tarpon. O interessante é que esses fatos contrapõem-se com a realidade do nosso estado, cujo litoral é reconhecido internacionalmente
como um dos mais piscosos para a pratica da pesca esportiva e onde se registra a maior ocorrência desse exemplar em todo o
mundo. Aqui, temos um ciclo completo da espécie: procriação, crescimento e desenvolvimento. O manancial pesqueiro é invejado
e cobiçado, todavia, o estado e a iniciativa privada ainda não deram conta da riqueza natural da região que, explorada racionalmente
e de forma a preservar o meio ambiente, através de empresas especializadas no turismo da pesca esportiva, poderiam gerar milhões
de reais divisas com a afluência de turistas amantes da pesca, demonstrando faltarem-lhes sensibilidade para viabilizar tão
importante e lucrativo segmento como a pesca esportiva. A exploração dessa atividade é importante gerador de mão de obra,
em especial junto a pescadores profissionais que através de equipamentos como redes, caçoeiras, tarrafas e outras armadilhas
artesanais, costumam praticar a pesca predatória e de sobrevivência. A profunda experiência e o conhecimento geográfico da
região os tornam eficazes guias para turistas pescadores. Em geral são recrutados entre as diversas agências de turismo onde
adquirem conhecimentos de preservação ambiental, passando a serem aliados da natureza. A pesca do tarpon é mais praticada em várias partes do mundo de forma esportiva. Essa modalidade
restringe muito as condições que possam ferir ou matar o peixe que será devolvido em perfeitas condições à ao seu habitat
e que não permita nenhuma ação que possa provocar uma luta de desigualdade com o pescador. O equipamento básico é composto de carretilha ou molinete, de uma vara de alta
resistência de grafite ou carbono, linha de nylon mono ou multifilamento de Iscas naturais, como sardinhas e paratis, e uma grande variedade de iscas artificiais. Essas últimas formam uma gama de imitações de peixes em acrílico, plástico, ou madeira que são lançadas
e recolhidas simultaneamente dentro da água imitando perfeitamente uma presa No maranhão essa modalidade é pouco praticada e conhecida. O comércio de equipamentos e materiais de pesca dedica-se
quase que exclusivamente à pesca profissional. A pesca local do camurupim é feita de forma a matar o peixe para o consumo,
geralmente por pescadores de pequenas embarcações. É utilizada uma linha de nylon muito grossa com grandes anzóis nos quais
são iscados peixes como a tainha e a sardinha. O trabalho de captura do peixe é feito usando uma linha de pesca entre 150/200mm enrolada à mão. É chamada a
pesca de mão. Eventualmente podem ser capturados em redes lançadas ao mar, mas é um muito custo alto, visto que, com sua força
e fúria, causa grandes danos nas redes e prejuízos aos pescadores. |
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Nome Científico: (Centropomus undecimalis)
Família:Centropomidae Ecologia e Descrição O robalo flecha é um predador astuto e extremamente forte
com hábitos comportamentais e a complexa biologia ainda por serem mais profundamente estudados pela ictiologia especialmente
no Brasil. Peixe costeiro de pele escamada tem como característica o corpo delgado e comprido. Mandíbula proeminente e coloração
com pequenas variações de região para região sendo que os espécimes do nordeste podem apresentar uma tonalidade mais variada
com as barbatanas mais amareladas, dorso acinzentado e o ventre prateado e com a característica lista escura na lateral do
corpo. Sua distribuição geográfica ocorre desde o sul até norte
e nordeste do Brasil em uma diversidade de muitas variações climáticas, contudo são sensíveis as temperaturas abaixo dos 22ºC
e, nessas condições, são suscetíveis a danos orgânicos o que os tornam muito vulneráveis. É tolerante a baixa taxa de sanilidade
o que permite incursões em ambientes de água doce ou salobra, muitas vezes subindo quilômetros de rio a partir de seus estuários.
Chegam à maturidade entre Sendo um peixe costeiro tendem freqüentar enseadas, canais,
estuários, lagos, rios, manguezais, formações rochosas, recifes e praias onde possam localizar estruturas que permitem melhor
provimento de presas como sardinhas, camarões, tainhas, caranguejos e outros crustáceos que fazem parte de sua dieta. Por se tratar de um peixe de alto valor comercial
tem sido capturado de forma predatória uma vez que a atuação de órgãos fiscalizadores têm sido insuficientes e incapazes de
coibir os abusos o que tem contribuído enormemente para o declínio da população em todo o Brasil. A pesca esportiva A pesca do robalo flecha apresenta desafios emocionantes,
pois une a força e a velocidade no ataque além da conhecida perspicácia que às vezes o torna ardiloso. Existem diferentes
técnicas e formas para a pescaria do robalo de acordo com cada região do Brasil, em face, principalmente, das variações das
marés. No maranhão o fluxo e refluxo da maré têm uma variação entre A técnica da pesca do robalo ainda não tem conceito próprio.
Isto é, não se define por quesitos pré definidos que lhe garanta que a pescaria, mesmo em um pesqueiro será uma barbada. As
constantes e permanentes mudanças no estilo de arremessos, trabalhos de recolhimento, modelos de iscas e pesqueiro tornam
invariavelmente a pescaria uma ventura de tentativas e erros. É comum a ocorrência com muitas capturas em um dia e no outro,
no mesmo local, com o mesmo equipamento e iscas, em condições climáticas quase idênticas, não haver sequer uma ação. Na verdade
é de entendimento geral do pescador esportivo que não existe uma regra para a pesca do robalo. No Maranhão pesca-se robalo o ano todo, embora nos meses
de agosto a dezembro, os ventos constantes e intensos quase inviabilizem as pesca de arremesso em áreas desprotegidas como
praias e piers. As marés de quarto crescente e minguante uma ou duas horas antes e depois da preamar. A isca que apresenta
maior produtividade são os camarões DOA e Maré. |
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